sábado, 17 de março de 2007

Deixe-se comigo

Entregue-me o seu coração por um dia.
Entregue-me a sua alma um segundo.
Veras a vida como jamais esperastes ver, não viveras um instante sem sorrir, farei sua vida ter apenas uma via...
A de ida...
Não mais se importaras com o que se passou...
Eu lhe farei ver o mundo...


Moverei florestas pra você ver o jardim que quiser
Alterarei oceanos só para de barco navegar.
Não haverá limites, farei o que puder.
Apenas se em um instante você me amar.

Nem mesmo a luz de todas as estrelas bastará
Trarei a Lua se isso não iluminar
Todos os vaga-lumes que puder apanhar
Verá o bem que lhe fará

Esse vasto sorriso de menino
Menino sem carinho
Esse seu olhar há de encantar
A qualquer mocinha que profundo por ele penetrar
E ver seu coração com toda a intensidade que existe no brilho do seu sorriso
Assim como eu pude ver
Sorte da mulher que te conquistar...
Eu não pude ter..
Viver todos os dias e a seu lado acordar
Com a sua impessoalidade
Com tua humanidade
Com sua caridade
E o puro, simples dom que tem para amar.

Como estas só?
Será essa sua escolha, e por que escolhestes esse destino?
Transtorna a cabeça de qualquer um que tenta entendê-lo, mistura de rispidez e dó.
Não passas de um menino.

Sofrendo sem ter mais alegria,
Eu não sei o que seja ventura
Pois o amor só com amor se cura...

Triste, mergulhado em nostalgia...
Sinto aumentar sua desventura..
Pois o amor só com amor se cura...

Como uma doida eu te segui errante
Em busca de conquista e venturas
Em cada sonho eram novas ternuras
Pra me consumir febre delirante...


Amor?

Qual o verdadeiro amor?
Onde então reside este mito?
Na terra ou no infinito?

Alguns dizem que na mitologia
Outros dizem ser mera fantasia
Eu apenas digo, esse sentimento é um primor...

Alguns pesam que amor seja pura amizade,
Companheiro da saudade
Na tempestade e na dor

Enfim, por mais que procurar possa,
Na cidade ou mesmo na roça
Não encontrarei o tal amor

Nem nos mais altos edifícios, ou casas ricas,
Nem mesmo nos cortiços fica,
Deve mesmo ser o fogo que arde sem se ver
Por ser contentamentos, vastas são às vezes em que estamos descontentes...
É mesmo a definição real do tal sentimento...

Não há descrição...
Essa mistura de emoção...
Em segundo de prazer...

Falta de controle...
Querer estar perto e de tão perto longe...

“È o desespero mais sossegado e o sossego mais desesperado que podemos sentir”

O sentimento que nem os traços que o tempo nos trás com a idade conseguem enxergar quando verdadeiro.
É o que consegue calar a discussão com um beijo...
O que apenas não vive do sentimento, é o que deseja que todos conheçam o tão soberano ser que és seu amado...
O que desejas contar-te o dia a dia e não apenas seus gostos desejos e anseios...
O que não tem vergonha alguma em te ver chorar e chora em seus braços...

O que escuta seus devaneios.
O que traz a calmaria em seus abraços.
O que te encanta e te faz sorrir como criança.
Que tem no brilho do olhar esperança.
Assim como a dança.
Que de tão leve e sutil a faz flutuar.
Que com a alma tão singela, a faz delirar...

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